Trabalho também dá musical

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 9 Janeiro 2017

Fundação Inatel associa-se ao centenário do Ministério com "Nós, Trabalhadores", o teatro musical que olha para a evolução do mundo do trabalho nos últimos 100 anos, centrado na situação da mulher.

Já houve conferências, seminários, estatísticas. Agora, chega a vez do musical. A iniciativa é do Inatel, que, pelos laços que tem com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, quis assinalar os seus 100 anos de existência.

“Nós, Trabalhadores” estará em cena nos dias 13 e 14 de janeiro no Teatro da Trindade. Além de marcar o centenário do ministério do Trabalho, o espetáculo dá inicio às comemorações dos 150 anos do Teatro da Trindade e assinala o seu regresso à produção própria, indica o Inatel.

Com encenação de Vicente Alves do Ó e participação especial de Lara Li, “Nós, Trabalhadores” reflete sobre o percurso do mundo do trabalho ao longo do século, sobretudo na perspetiva da mulher.

“Começa com uma entrevista de trabalho de uma mulher de 50 anos, que pretende mudar a sua vida. Depois, um acidente numa fábrica clandestina leva-nos numa viagem no tempo até ao dia 25 de março de 1911, quando no grande incêndio na fábrica Triangle Shir Waist morrem 124 mulheres, muitas delas jovens emigrantes. Este trágico acontecimento deu origem ao Dia Internacional da Mulher (inicialmente o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora) que se celebra a 8 de março”, avança o Inatel.

Passando pela II Guerra Mundial, a Guerra Colonial, o Estado Novo, o 25 de abril, o espetáculo recorre ao cancioneiro popular para espreitar a evolução do mundo do trabalho.

“A Revolução de 74 é libertação, um momento de clima de alegria e esperança, mas também do repensar coletivo de toda a sociedade. Saneamentos revolucionários, a luta das Comissões de Trabalhadores, a relação ambígua entre patrões e empregados, são alguns dos temas que trazemos sobre este período, antes de darmos um salto até ao “Portugal da CEE”. O que nos aproxima a passos largos da atualidade com questões como a formação profissional, o desemprego, a mecanização e robotização laboral, os despedimentos coletivos, a pressão laboral sobre os objetivos e a precariedade laboral,” indica ainda o Inatel, concluindo: “Mas o futuro só se constrói com esperança e é com ela que terminamos”.

O Ministério do Trabalho completou 100 anos em março de 2016. As comemorações começaram nessa altura, com uma cerimónia que juntou todos os ex-ministros e ex-secretários de estado da tutela e com o lançamento de um livro comemorativo.

 

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