Wall Street acompanha Europa em terreno positivo

A 17 dias da tomada de posse de Donald Trump enquanto Presidente dos Estados Unidos da América, Wall Street continua a acumular ganhos desde as eleições em novembro, apesar de ter fechado o ano em terreno negativo. A ajudar o início positivo de 2017 para a bolsa nova-iorquina estiveram os dados económicos robustos da China e Europa, cujo índice de referência entrou em “bull market”.

O Stoxx 600, o índice de referência para a Europa, subiu 0,7%, entrando em “bull market” ao acumular uma subida de mais de 20% desde o último mínimo registado em fevereiro de 2016, apesar dessa evolução positiva não ter sido acompanhada pelo bolsa de Lisboa. Já Wall Street foi influenciado pelas boas notícias europeias na primeira sessão do ano, mas também pelos dados positivos chineses em relação ao volume de negócios das fábricas e serviços.

Não foi desta que o Dow Jones chegou aos 20.000 pontos, mas o índice caminha para lá com um aumento de 0,60% para os 19.881,76 pontos. Já o S&P 500 ganhou 0,71% para os 2.254,77 pontos — naquele que foi o melhor dia para o índice desde 7 de dezembro, segundo a Bloomberg, ajudado pelos setores de telecomunicações e saúde — e o Nasdaq avançou 0,85% para os 5.429,09 pontos.

O dólar valorizou e o euro afundou, o que faz prever uma possível paridade em 2017. Mas essa valorização do dólar fez, em conjunto com as dúvidas sobre a eficácia e cumprimento do acordo da OPEP, com que o petróleo esteja em queda depois de atingir um máximo de 18 meses.

A Ford foi castigada — na sequência da notícia desta terça-feira de um investimento cancelado no México, e recuou 4,80% para os 1,19 dólares por ação. Também a General Motors esteve nas notícias por causa de um tweet de Donald Trump, mas o efeito foi positivo apesar de ligeiro: subiu 0,76% para os 35,105 dólares.

Editado por Paulo Moutinho