Bónus dos certificados prolongado até março

O prémio de 275 pontos base aplicado aos certificados de aforro deveria terminar a 31 de dezembro, mas o IGCP decidiu prolongá-lo. Vai ser aplicado nas "capitalizações que ocorrerem até 31 de março".

Tem certificados de aforro da Série C? Está com sorte. Vai beneficiar do prémio de 275 pontos base introduzido no verão de 2012 durante mais três meses, revelou a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).

“As condições de remuneração, concretamente no que se refere ao prémio de 1% para a Série B e de 2,75% para a Série C (…) manter-se-ão para as capitalizações que ocorrerem até 31 de março de 2017”, diz a agência liderada por Cristina Casalinho. Depois, baixa de 2,75% para 0,75% na Série C, descendo de 3% para 2% na B.

Quem tem estes títulos que puderam ser subscritos até ao final de janeiro de 2015, altura em que nasceu a Série D, vai poder contar com uma taxa de remuneração mais elevada durante mais três meses do que o inicialmente previsto. O bónus deveria terminar este mês.

Foi “a redução significativa” na captação de poupanças pela via dos certificados de aforro que levou o Executivo, em agosto de 2012, a introduzir estar bonificação de forma temporária, terminando em dezembro de 2016.

Na altura, a taxa afundou com a queda acentuada da Euribor. Atualmente, na Série D, que tem um prémio de 1%, a política monetária do BCE mantém também a taxa destes títulos sob pressão. O juro para as novas subscrições e capitalizações em janeiro de 2017 foi fixado em 0,685% (0,687% em dezembro).

O fim do prémio na Série C levou já alguns investidores a resgatarem certificados de aforro. Em novembro, em antecipação ao fim do prémio, mas também numa altura em que o Governo lançou mais uma emissão de OTRV, saíram 15 milhões de euros destes títulos.

Enquanto os certificados de aforro estão a sentir novamente o impacto das taxas baixas na sua atratividade junto das famílias, os CTPM, que mantêm uma taxa média bruta anual de 2,25% (se mantidos durante os cinco anos) estão a captar mais de 200 milhões de euros por mês.

Também as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável estão a conseguir atrair as poupanças das famílias. O Governo lançou já três emissões destes títulos, sendo que a última captou 1.500 milhões de euros. Em novembro, com a concorrência das OTRV, saíram 800 milhões dos depósitos, elevando para mais de 3.500 milhões os resgates de aplicações nos bancos desde o verão.

(Notícia atualizada às 14h00)

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