Em Portugal, primeiro-ministro chinês enaltece cooperação

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

"A China encoraja as suas empresas a investir e a fazer negócios em Portugal" e "dá as boas vindas às firmas portuguesas para que explorem o mercado chinês", disse Li.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, enalteceu o aprofundamento das relações entre a China e Portugal e os “excelentes resultados” da cooperação entre as empresas dos dois países em terceiros mercados, nomeadamente na América Latina.

Li esteve na segunda e terça-feira nos Açores, depois de ter realizado um périplo pelo continente americano, que incluiu visitas à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, ao Canadá e a Cuba. Durante a sua estada nos Açores, na ilha Terceira, Li reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva.

Citado hoje pela agência oficial Xinhua, o responsável chinês elogiou os “resultados profícuos da cooperação pragmática entre os dois países em diversos setores”, afirmando que espera que os dois lados continuem a colaborar em áreas como a energia, finanças e oceano. “A China encoraja as suas empresas a investir e a fazer negócios em Portugal” e “dá as boas vindas às firmas portuguesas para que explorem o mercado chinês”, disse Li. “Ambos os países devem esforçar-se para criar um ambiente justo e favorável para os investidores externos”, acrescentou.

A China tornou-se, nos últimos anos, um dos maiores investidores em Portugal, estimando-se em cerca de 10 mil milhões de euros o montante de capital introduzido na economia do país, desde 2012. “A China está disposta a reforçar os intercâmbios de alto nível, aprofundar a confiança política, aumentar o entendimento mútuo, aumentar a cooperação pragmática, estabelecer uma comunicação mais próxima entre os dois povos e diversificar a parceria estratégica global entre Portugal e China”, afirmou Li.

Tratou-se da terceira visita de um responsável chinês aos Açores no espaço de cerca de quatro anos, reanimando o debate sobre o alegado interesse de Pequim nas instalações da Base das Lajes, onde os Estados Unidos da América iniciaram um processo de redução da sua presença militar. Responsáveis dos dois países afirmaram, no entanto, que se tratou apenas de um “escala técnica”, que serviu também para preparar a visita do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, à China, no próximo mês.

Na quarta-feira, o congressista norte-americano Devin Nunes, que é lusodescendente, avisou o secretário da Defesa dos Estados Unidos que “é provável” que as instalações da Base das Lajes “acabem na posse do governo chinês”, disse à Lusa uma fonte do Congresso.

“Como muitos no Congresso avisaram no passado, vários altos-representantes chineses visitaram os Açores em anos recentes. Sei agora que a China enviou uma delegação de cerca de 20 representantes, todos fluentes em português, numa viagem de pesquisa que durou semanas e que culmina com a visita do primeiro-ministro, Li Keqiang”, disse Devin Nunes numa carta enviada a Ashton Carter na semana passada.

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