Marcelo espera que partidos “não criem impasse”

  • Lusa e ECO
  • 25 Janeiro 2017

O Presidente da República está satisfeito com a estabilidade política e afirmou, ao cumprir um ano de mandato: "Espero que os partidos não me contradigam criando situações de impasse ou fraqueza".

Marcelo Rebelo de Sousa está confiante na estabilidade e acredita que o Governo continuará, defendendo que é “função do Presidente proporcionar todas as condições ao Governo, qualquer Governo, para que possa governar”. Questionado pelo Público na apresentação do livro Um ano depois, que comemora o aniversário do seu mandato, o Presidente da República mostrou-se sem dúvidas: “Não vejo razão nenhuma para que o Governo não tenha força para continuar nem que a oposição não tenha força para ser Governo”.

O Presidente deixou também um pedido que para que os partidos não o desiludam, “criando situações de impasse ou fraqueza que hoje não existem”.

Interventivo sem exceder poderes

O Presidente da República considerou que tem sido “muito interventivo” na presença próxima dos cidadãos e no uso da palavra, mas ao mesmo tempo “muito cuidadoso” no exercício dos seus poderes, nunca os excedendo. Marcelo Rebelo de Sousa falava no espaço da sua antiga sede de campanha, na cerimónia em que assinalou um ano desde a sua eleição nas presidenciais de 24 de janeiro de 2016.

“Respeitei sempre a esfera de atuação do Parlamento e a própria do Governo, ou dos partidos políticos. Mesmo quando digo aquilo que considero desejável, é evidente, é respeitando a liberdade dos partidos políticos”, defendeu o Chefe de Estado. Confrontado com o facto de alguns o acusarem de ser excessivamente interventivo, o Presidente da República começou por distinguir os “tipos de intervenção”, referindo que “uma é a intervenção de estar lá, no sítio, de estar próximo”.

“Nesse sentido, sou muito interventivo, e tenho pena de não poder ser mais interventivo, de não poder estar mais vezes, correspondendo a convites”, afirmou.

Depois, considerou que também é “muito interventivo em termos de uso da palavra” e que, por isso, na entrevista que deu à SIC no domingo não houve “tantas novidades assim”.

“Muitas vezes sinto dever intervir para dar um esclarecimento, dar uma explicação, para tentar contribuir para resolver um problema, para tentar estabilizar a vida política e social portuguesa”, justificou.

Contudo, alegou que nunca foi interventivo “pisando as competências ou poderes de outros órgãos ou de outras entidades políticas, aí não”.

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