Produção sobe nos EUA. Petróleo cai

O número de plataformas ativas nos EUA atingiu o nível mais elevado em um ano, ao mesmo tempo que o Irão aumentou as suas exportações de petróleo. A cotação do "ouro negro" acelera mais de 1,5%.

Encontrar um reequilíbrio para o mercado de petróleo não está a ser uma tarefa fácil, e a cotação da matéria-prima ressente-se. Esta segunda-feira, os preços do petróleo seguem em queda nos dois lados do Atlântico, uma perda que está a ser determinada pelo aumento do número de plataformas em produção nos EUA, bem como pela subida das exportações do Irão.

A cotação do barril do brent transacionado em Londres desvaloriza 1,7%, para os 56,13 dólares, enquanto a do crude recua 1,59%, para os 53,13 dólares, em Nova Iorque. “Desenvolvimentos ao longo do fim de semana estão a colocar o petróleo sob nova pressão”, afirmou Tamas Varga, analista da PVM Oil Associates, citado pela Bloomberg.

Cotações do Brent travam

Fonte: Bloomberg (Valores em dólares)
Fonte: Bloomberg (Valores em dólares)

A desvalorização dos preços do “ouro negro” acontece depois de na sexta-feira passada, a consultora norte-americana Baker Hughes ter divulgado dados que mostram que o número de plataformas de petróleo em atividade nos EUA aumentou pela décima semana consecutiva, para o patamar mais elevado em um ano. O número total de plataformas ativas ascendeu a 529 na última semana, o valor mais elevado desde dezembro de 2015.

O aumento das exportações de petróleo por parte do Irão é outro dos elementos que está a pressionar as cotações da matéria-prima, numa altura em que a OPEP tem em implementação um plano que prevê o corte da oferta de “ouro negro”, visando impulsionar a respetiva cotação. O país terá vendido mais de 13 milhões de barris de petróleo, mantidos em navios-tanque no mar, tirando partido do facto de estar excluído do acordo de corte de produção da OPEP, segundo fontes do mercado referidas pela Reuters.

“Provavelmente não ocorrerá uma subida nos preços até que os traders encontrem evidencias de que os níveis de produção estão em queda. Entretanto, o aumento da atividade de perfuração nos EUA, bem como da produção, deverá manter os preços sob pressão”, disse o banco ANZ referiu esta segunda-feira.

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